Peeling químico: indicações e cuidados

A palavra peeling é originada do inglês “to peel”, que significa descamar ou descascar. O objetivo do procedimento, que é um método seguro e eficaz, é renovar as células da pele por meio da descamação, além de ser um dos procedimentos estéticos mais procurados no Brasil.

O peeling facial estimula a renovação das células da pele por meio de uma descamação controlada com o uso de substâncias químicas ou de métodos físicos, como a dermoabrasão. O procedimento pode ser utilizado para clarear manchas e cicatrizes de acne, além de atuar no tratamento de rugas e linhas de expressão. O peeling para pele também é um tratamento não invasivo muito eficaz até mesmo para controle da oleosidade.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o procedimento pode ser de dois tipos: o peeling químico ou físico.

Peeling físico

O peeling físico se dá por meio de agentes que induzem a descamação mecânica, desde pequenos equipamentos e cremes abrasivos até aparelhos que realizam uma microabrasão na pele por fluxo de cristais (peeling de cristal) ou de pontas de diamantes (peeling de diamante). Alguns dos benefícios podem ser observados logo após uma única aplicação.

Peeling químico

O peeling químico é feito com a aplicação de agentes químicos, como os ácidos salicílico, glicólico, retinoico e fenol, que removem as camadas superficiais da pele para que depois ela se regenere com uma aparência melhor.

  • Superficial: Após um peeling químico superficial, a pele se refaz em um a quatro dias.
  • Médio e Profundo: Os peelings médios e profundos constituem uma ferida cuja cicatrização inicia-se em 24 horas e se completa dentro de sete a 15 dias.

Os peelings químicos não devem ser realizados se houver exposição solar, durante a gravidez, se existir alguma “ferida” aberta no local a ser tratado, se o paciente estiver sob estresse físico e mental ou apresentar hábito de “cutucar” a pele. As expectativas devem ser condizentes com cada tratamento. Proteção solar adequada é imprescindível.

Peeling de fenol

O peeling de fenol é um procedimento autorizado no país. É indicado para tratar envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida. A técnica, executada de forma correta e seguindo as orientações, traz resultados na produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) considera o procedimento invasivo e agressivo. A realização em toda a face demanda extrema cautela.

Cuidados a serem tomados

Antes de se submeter a qualquer procedimento clínico ou dermatológico que utiliza diferentes ácidos ou fórmulas, a recomendação é que o paciente consulte um dermatologista. A orientação é que seja conduzido por médicos habilitados e em ambiente hospitalar. O paciente deve fazer exames prévios, estar anestesiado no momento do procedimento e ficar sob monitoramento cardíaco durante a execução do processo.

Riscos

A Sociedade de Dermatologia alerta que o procedimento, por ser invasivo, pode apresentar riscos à saúde, especialmente para órgãos como coração, fígado e rins. Devido ao uso de um composto tóxico absorvido pela pele e, consequentemente, pela corrente sanguínea, são necessárias precauções rigorosas.

Apesar de o fenol ser um produto autorizado para finalidade estética, como é o caso do peeling, e para uso estritamente profissional, não pode ser comercializado pela Internet. A principal orientação nesse tipo de peeling químico é realizar o procedimento apenas com médicos dermatologistas especializados.

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